Exercícios Resistidos, Saúde e Qualidade de Vida
(Alan Claudio Souto Pereira)
Exercícios Resistidos, Saúde e Qualidade de Vida
(Introdução)
Vários trabalhos diferentes têm documentado importantes benefícios do treinamento com pesos para a reabilitação e profilaxia de incapacidade física em pessoas idosas (Ades et al., 1996; Dupler & Cortes., 1993; Fiatarone et al., 1990; Frontera et al., 1988; Heislen et al., 1994; McCartney et al., 1993; Menkes et al., 1993 Meredith et al.,1992; Pvca et al., 1994; Thompson, 1994). A análise destes trabalhos levanta uma questão de alta relevância para a medicina esportiva: até que ponto as restrições que habitualmente se fazem com relação ao trabalho com pesos para objetivos de aptidão e qualidade de vida estão bem fundamentadas? Com o objetivo de orientar o raciocínio, faremos inicialmente algumas considerações conceituais, e em seguida analisaremos os benefícios do aumento de massa muscular e particularidades fisiológicas do treinamento de força.
Musculação significa estritamente aumento de massa muscular. Como este objetivo é mais facilmente obtido por meio dos exercícios resistidos, o termo costuma ser utilizado para designar o próprio treinamento com pesos. Neste sentido, a musculação pode Ter muitas aplicações: preparação de atletas e esportistas em geral (que invariavelmente necessitam de massa muscular), modelagem do corpo tanto do homem quanto da mulher, reabilitação, e desenvolvimento de aptidão física. A competição em musculação caracteriza o culturismo (fisiculturismo em espanhol e body-building em inglês). Uma modalidade esportiva solidamente estruturada internacionalmente.
Aumento de massa muscular é a adaptação morfológica mais evidente induzida pelos exercícios com pesos. Força é a adaptação funcional que sempre acompanha os níveis de massa muscular. Para entendermos melhor a importância da força muscular na vida diária das pessoas, o idoso é o modelo ideal. Freqüentemente o idoso é um sedentário de longa data, que perdeu aptidão física geral, acentuadamente massa muscular e força. Sabe-se que a flexibilidade e força diminuídas são as maiores limitações para as atividades da vida diária (Fiatarone et al., 1994; Fiatarone et al., 1990; Guralnick et al, 1995). Agachar e levantar, subir e descer escadas, levantar objetos muitas vezes pesados, banhar-se e vestir-se são exemplos de atividades do cotidiano muito prejudicadas do ponto de vista biomecânico pela diminuição da força e da flexibilidade.
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