O vidro
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)
VIDRO
"O vidro é praticamente insubstituível na arquitetura graças a sua elevada resistência e por ser o melhor material para garantir uma iluminação natural", afirma Márcio Augusto Araújo, do Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (Idhea). A favor do material pesa também o fato de que a maioria dos tipos de vidro é reciclável.
Andrés Otero Vidros laminados coloridos dão forma aos cubos Pixel. Além disso, suas principais matérias-primas (areia, barrilha e calcário), embora sejam recursos naturais não renováveis, existem em abundância na natureza e não correm o risco de desaparecer. Já o alto consumo de energia é uma desvantagem, que pode ser amenizada com a substituição da eletricidade pelo gás natural e também pela própria reciclagem. "Além de poupar matérias-primas naturais, a reciclagem utiliza menos energia no forno de fusão", informa Fernando Salinas, da Cebrace, pioneira no Brasil na fabricação de vidros planos. Segundo ele, nos últimos dez anos essa prática cresceu cerca de 200% no país.
Bastante comum dentro de casa, os vidros planos (incluindo os temperados e os laminados) são normalmente usados em janelas, boxes de banheiro, tampos de mesa e espelhos. "Eles têm uma vida útil longa por causa da boa estabilidade química e física em condições ambientes", acrescenta Humberto Yoshimura, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo.
Em resumo: a reciclagem e a utilização de gás natural - em substituição à energia elétrica - tornam o vidro um material cada vez mais adequado do ponto de vista ecológico.
"Com 1 kg de vidro quebrado é possível fazer 1 kg de vidro novo, sem perdas"Fernando Salinas, fabricante de vidros planos
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