Auto da Compadecida
(Ariano Suassuna)
Lendo esta peça, podemos sentir sua
força poética e popular, o catolicismo que ela transmite, a
simplicidade dos diálogos. A estrutura teatral e os tipos
vivos fazem desta obra um exemplo raro na dramaturgia
brasileira. Vemos os tipos de personagens nordestinos, e vemos
também o tipo bem brasileiro neles, que é o de "dar conta
do recado" com o famoso "jeitinho" brasileiro.
Aqui vemos a forma de criação dos personagens segundo o autor:
"Meus personagens ora são recriações de personagens
populares e de folhetos de cordel, ora são familiares ou pessoas
que conheci. No Auto da Compadecida, por exemplo, estão
presentes o Palhaço e João Grilo. O Palhaço é inspirado no
palhaço Gregório da minha infância em Taperoá. Já o João Grilo é o típico
nordestino ''amarelo, que tenta sobreviver no sertão de forma imaginosa.
Costumo dizer que a astúcia é a coragem do pobre. O nome dele é uma
homenagem ao personagem de cordel e a um vendedor de jornal astucioso que eu
conheci na década de 50 e que tinha este apelido."Vemos que o catolicismo
está presente devido ao grande apego que os nordestinos tem a DEUS e o
grande medo do diabo, vemos também que os personagens masculinos expressam o
tipo "machões", mais na verdade alguns eles são muito medrosos,
principalmente quando se envolve a figura de forças superiores.
O livro mostra a esperteza de muitos personagens também,
é o caso de João Grilo, que aplica vários "golpes" ao decorrer da história,
dando uma de personagem malandro e aproveitador dos idiotas e ingênuos.
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