As principais doenças benignas que acometem a próstata
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Hipertrofia Benigna da Próstata (HPB) – que representa o crescimento de um adenoma (tumor benigno), em uma das partes da glândula; Processos inflamatórios e infecciosos - as chamados prostatites; Câncer da Próstata. A próstata é uma glândula masculina, que pesa cerca de 20 gramas, e secreta fluidos que compõem parte do sêmen. Localiza-se logo abaixo da bexiga, envolvendo uma parte da uretra. Hipertrofia Benigna da Próstata (HPB): É a doença mais comum do homem. Representa o crescimento nodular de uma das regiões da próstata. Sua incidência aumenta progressivamente com a idade, ocorrendo em 40 % dos homens a partir dos 50 anos e em 90 % daqueles com 80 anos. O crescimento da próstata comprime a uretra, causando obstrução mecânica ao fluxo da urina, o que leva à dificuldade para urinar. A urina estagnada na bexiga favorece o surgimento de infecção urinária e formação de cálculos. O esforço para urinar, em conseqüência da obstrução ao fluxo urinário, aumenta a pressão no interior da bexiga e provoca o aumento de suas camadas musculares. O aumento da pressão dentro da bexiga se transmite aos ureteres e aos rins, podendo levar à doença chamada hidronefrose e culminar com um quadro de insuficiência renal. Os sintomas da Hipertrofia Benigna da Próstata podem ser divididos em dois grandes grupos: ? Sintomas Obstrutivos, decorrentes da obstrução ao fluxo urinário, tais como: diminuição da força do jato urinário; esforço para urinar; interrupção do jato durante a micção; gotejamento; sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. ? Sintomas Irritativos, devidos à irritabilidade da bexiga : urgência para urinar; dor no baixo ventre; diversas nicções noturnas; diversas micções, em um curto espaço de tempo, com saída de pequena quantidade de urina em cada uma delas. Também pode ocorrer sangramento junto com a urina e infecção urinária. No Exame Físico, é imprescindível o Toque Retal que fornece informações sobre o volume, consistência, presença de irregularidades, limites, sensibilidade e mobilidade da próstata. O Exame de Urina evidencia a presença de sangramento e/ou infecções. Exames de Sangue, tais como: uréia e creatinina, permitem avaliar o comprometimento da função renal. A dosagem do PSA (uma proteína chamada Antígeno Prostático Específico) é importante para a exclusão de possíveis tumores malígnos da próstata. A Ultra-sonografia permite avaliar a forma e a densidade da próstata, bem como a presença de resíduo elevado de urina na bexiga, após a micção. A Urografia Excretora tem sua indicação quando ocorrer sangramento na urina e como complemento para melhor avaliação de alterações observadas na ultra-sonografia. Quando necessário podem ser realizados ainda: Uretrocistografia - exame radiológico, com introdução de contraste através da uretra. Uretrocistoscopia - exame que permite a visão da uretra e bexiga, através de instrumentos óticos introduzidos pela uretra. Biópsia da Próstata - coleta de fragmentos do tecido prostático, através de punção trans-retal. Estudo Urodinâmico - avaliação das contrações da bexiga e alterações do fluxo urinário durante a micção. O tratamento da HPB pode ser clínico ou cirúrgico. A seleção do tratamento é feita tendo em vista as condições clínicas do paciente, os danos causados ao aparelho urinário e a gravidade dos sintomas. Pacientes com sintomas leves e sem complicações devem ser observados, com acompanhamento anual. Nos pacientes com sintomas moderados está indicado o tratamento medicamentoso. Em pacientes com sintomas graves, o tratamento cirúrgico é a opção recomendada. O tratamento cirúrgico padrão da obstrução do fluxo urinário por HPB é a chamada ressecção trans-uretral da próstata ou a prostatectomia supra-púbica.
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