Sugar Blues – o gosto amargo do açúcar
(William Dufty)
Sugar Blues – o gosto amor do açúcar, de autoria de William Dufty, é um livro intragável, insípido, sem sal. Começa engraçadinho, prometendo desmascarar o perigo do açúcar, mas cai na paranóia ao associar o açúcar ao mal absoluto. Todas as guerras do mundo foram causadas, em verdade, pela disputa pelo açúcar ou foram travadas em função dele. As Cruzadas não foram incentivadas nem pelo Cristianismo dos padres, nem pela necessidade de terras dos senhores feudais, nem pela ânsia dos comerciantes italianos. Tudo se deu, na verdade, na busca incansável pela doçura do açúcar. A independência americana se deu pela luta pelo açúcar, dentre outras coisas.
Se ao menos a mania persecutória fosse o fim, seria possível chegar ileso ao fim do livro. Não dá. À guisa de valorizar a sabedoria popular, o autor eleva as qualidades da feiticeira (!) das tribos, que eram contra o açúcar. Usa esse argumento para justificar que o açúcar é mau. Esse mal branco veio imposto pela sociedade judaico-cristã-capitalista-ocidental. Ou seja, o açúcar é mal, é a pior droga que há, pior que alucinógenos, pior que a cerveja, tão ruim quanto a cocaína e a heroína. Então tá.
Em uma das partes do livro, para dizer como o açúcar fazia mal ele diz que os marinheiros, na época do descobrimento, não raramente passavam mal e muitas vezes morriam, tomavam rum e comiam açúcar. Lógico, passavam mal por causa do açúcar, não por causa do rum, nem porque a dieta era completamente inadequada.
Enfim, um livro que só vale a pena ler se você for um obeso tentando desfazer-se da romântica relação com o veneno branco. Fora isso, só com muito adoçante!
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