Viagem sem regresso
(Katy Gardner)
Trata -se, sem dúvida, de um romance muito bem escrito e com um enredo que prende o leitor até ao final. Torna-se assim interessante, quer pelo seu iminente desfecho ao longo de toda a narrativa, quer pela intriga, pelo mistério, assim como pelo fim inesperado.
História simples, sem nenhum tipo de sofisticação literária, que se desenrola na Índia urbana e simultâneamente na Índia selvagem. A mesma e os seus contornos narrativos, resultam de uma viagem de turismo, descontraída e vulgar, que descamba numa obecessão pela busca das verdade interiores dos protagonistas e pelas tradições religiosas dos hábitos culturais ainda hoje vigentes. Um fanatismo de raíz esotérico, tipo"Hippie", rodeia a obra, levando o leitor a envolver-se nos cheiros, nos sabores e nos sentimentos das formas de viver exóticas.
Os diferentes valores e as referências imateriais do oriente, em confronto com o materialismo e a amoralidade ocidental, num ambiente de traição e vingança, tudo misturado com os resíduos de uma Índia colonial e o explendor de uma Índia em toda a sua beleza selvagem e diversidade cultural, fazem deste livro um exemplo escrito, de onde se podem retirar ilacções sobre as boas e as más relações que se estabecem entre culturas.
Katy Gardner dá aulas na University of Sussex, em Brighton, Reino Unido. Como antropóloga é autora de vários trabalhos académicos sobre a diáspora bengali. A sua estreia no mundo da ficção faz-se com a obra "Viagem sem regresso", que foi publicada em doze países.
BIBLIOGRAFIA: Katy Gardner; Viagem sem regresso; Edições Asa; Porto; 2004
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