Iracema e o Guarani
(José de Alencar)
O interesse em conhecer, a visão de Alencar no que se refere ao papel do índio, como elemento principal da miscigenação racial na formação de nosso país. Identificar o modelo seguido pelo autor ao idealizar nossos índios como cavalheiros medievais, como Peri, de O Guarani, e como elemento primordial presente na formação de um Estado brasileiro, como o romance Iracema, que tem como subtítulo “Uma lenda do Ceará.
Iracema é uma personagem indígena, que pela força do amor se alia aos brancos, simbolizando assim, a miscigenação, a mistura de raças que deu origem ao brasileiro. Iracema faz parte do mito heróico, pois há muita densidade, muita dor, muito sofrimento, além do trabalho literário de nível muito elevado. O sofrimento de Iracema por Martim, homem branco, pode ser visto como metáfora idealizadora do sofrimento coletivo do índio, no início da colonização. Do mesmo modo, a devoção de Peri por Cecília, pode ser vista como metáfora da dominação portuguesa em relação ao índio.
Assim, o objetivo é retratar o mundo selvagem e primitivo dos índios e sua relação com o branco, uma forma alegórica de mostrar o modo como foi implantada no Brasil a língua, a religião e os costumes europeus. Língua híbrida e religião sincrética espelham uma nação de mamelucos e mulatos.
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