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As Intermitências Da Morte
(José Saramago)

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A partir do primeiro segundo daquele ano, ninguém naquele país morreu, caso que até aquele momento nunca tinha acontecido; não acontecido em lugar nenhum do planeta; em tempo algum de sua existência.
No primeiro momento, todos daquela nação se sentiram felizes, já que a vida se eternizara a todos os seres humanos daquele país; como se fossem os escolhidos. Mas não era bem assim. Além de deixar confusos teólogos, filósofos e governo, o misterioso fato fez com que aos poucos as gentes daquele país percebessem a gravidade da situação. Mesmo aqueles que sofressem trágicos acidentes; que tivessem idade avançadíssima; que tivessem graves doenças; ninguém morria, mostrando que, com a ?eternização? da vida, as dores também seriam eternas.
Além de trazer sofrimento para as pessoas em estado terminal infindável, a ausência da morte trouxe problemas de ordem econômica ao país. Funerárias, seguros de vida, previdência social, não tinham mais como sobreviver diante das conseqüências dessa ausência. Até o ressentimento dos países vizinhos, e ?deixados para trás?, quase levou à guerra esse país.
Com o sofrimento insuportável dos moribundos, pessoas acharam uma forma de despistar a vida e encontrar a morte: atravessando as fronteiras do país, aqueles que ?estavam no morre, não morre?, conseguiam, enfim, fazer sua passagem. Mas junto com essa solução apareceram aqueles que, estando em qualquer tipo de poder, sempre procuram uma forma de usurpar a população, colocando empecilhos, mas também frestas, para que ela chegue ao seu intento, e que os mesmos ganhem suas propinas licitamente.
Após alguns meses, a morte reaparece, enviando uma carta à população, a qual avisa que a partir de meia-noite daquele dia ela voltaria, mas que traria uma novidade: enviaria uma carta de cor violeta àqueles que já tinham sua morte programada para uma semana depois do envio da mesma; isso para que os mesmos pudessem ?arrumar sua vida?.
A partir daí, a morte ? com letra minúscula mesmo, já que era a designada para aquele país, e não era a Morte universal, já conhecida por todos ? continua a exercer sua função, até que um dia uma das cartas violetas enviadas volta, trazendo um fato inusitado para ela. O desfecho do livro traz os melhores momentos da história.
Como todo livro de Saramago, com seu humor inteligente e sarcástico, As Intermitências da Morte é imperdível, trazendo o prazer inenarrável alcançado em Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez.



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